- 28 de maio de 2020
- Por KATSUHIRO
- em Tecnologia
Capa: inceptivemind
Romeu Zema, governador de Minas Gerais anunciou semana passada que em Juiz de Fora, na planta da Mercedes-Benz, será instalada a primeira fábrica de células de lítio-enxofre do mundo, por meio da Codemge, Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais, com adminstração da empresa britânica Oxis Energy. Com previsão de operação a partir de 2023, com capacidade inicial de 300 mil células/ano, podendo chegar a 5 milhões.
Fonte: tribunademinas
As baterias de lítio-enxofre são novidade no mundo automotivo. Sua principal vantagem é seu peso, densidade e mais baratas em comparação com as baterias de íons-lítio que são usadas.
Esse tipo de bateria foi inventada em 1962 por Herbert e Ulam, pesquisadores americanos. Em 2008, um avião este tipo de bateria em um avião movido a energia solar. Em 2016 a Oxis Energy começou a comercialização em pequena escala da bateria. Em 2017, o número de publicações científicas sobre o assunto passou de 700.
Fonte: wikipedia
Essas baterias envolvem processos químicos que incluem dissolução de lítio da superfície ânodo (e incorporação em sais de polissulfeto de metal alcalino) durante a descarga e inverção da galvanoplastia de lítio no ânodo durante o carregamento.
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Ânodo (polo negativo da bateria em estado de uso)
Na superfície anódica, ocorre a dissolução do lítio metálico, com a produção de elétrons e íons de lítio durante a descarga e a eletrodeposição durante a carga.
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Cátodo (polo positivo da bateria em estado de uso)
Durante a descarga, os íons de lítio no eletrólito migram para o cátodo, onde o enxofre é reduzido a sulfeto de lítio (Li2S). O enxofre é reoxidado para S8 durante a fase de recarga. A energia é armazenada no eletrodo de enxofre (S8).
Os principais desafios das baterias Li-S são a baixa condutividade do enxofre e sua enorme mudança de volume ao descarregar. Um dos caminhos a solucionar a deficiência do enxofre é usando revestimento do cátodo com nanotubos de carbono ou com grafeno, ambos produtos da nanotecnologia do carbono.
A Sony quer introduzir este ano em seus dispositivos este tipo de bateria. A promessa é que dure 5 dias sem a necessidade de recarga.
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